“LOBISOMENS” (“LOUPS-GAROUS”), 2024,
França, 1h34m, em cartaz na Netflix, direção de François Uzan, da série Lupin (não
confundir com o também cineasta francês François Ozon), seguindo roteiro
assinado por Philippe Des Pallières, Céleste Balin e Hervé Marly. Unindo
aventura, fantasia e comédia, “Lobisomens” é uma grande surpresa como
entretenimento inteligente e de muita qualidade. A história é inspirada no jogo de tabuleiro “Les Loups-Garous
De Thiercelieux”, da Osmodee. Começa o filme e a família de Jérôme (Franck
Dubosc) resolve jogar o tal jogo do tabuleiro encontrado no sótão da casa do
vovô Gilbert (Jean Reno). Para o espanto geral, em determinando momento toda a
família é transportada no tempo, indo parar em 1497 num vilarejo medieval
chamado Millers Hollow. Imagine a confusão. Para piorar, o tal vilarejo vem
sendo atacado todas as noites por três lobisomens. Só que tem um detalhe: cada
integrante da família transportada no tempo acorda com um superpoder. A filha
Clara (Lisa do Couto), por exemplo, consegue ficar invisível, o avô Gilbert com uma força
descomunal, Jérôme passa a ler a mente dos outros, e assim por diante. Completam
o elenco Suzanne Clément, Bruno Gouery, Grégory Fioussi e Raphaël Romand. A
ambientação medieval, os cenários, os figurinos, tudo é muito convincente,
assim como alguns efeitos especiais. Outro destaque é o humor inteligente,
valorizado pelas situações inusitadas. Uma delas, quando surge um personagem gay que ficará
famoso como cientista, pintor e escultor. Trocando em miúdos, você e toda a sua família
irão se divertir muito do começo ao fim. “Lobisomens” é uma ótima comédia. Não deixe
de ver.