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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

“THE KILLER” (não ganhou tradução em português), 2024, Canadá/Estados Unidos, 2h6m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de John Woo, seguindo roteiro assinado por Josh Campbell e Brian Helgeland. Quem é cinéfilo sabe que o cineasta chinês é um dos grandes mestres dos filmes de ação. Já provou isso em “A Outra Face” (1997), “Fervura Máxima” (1992), “Alvo Duplo” (1986), “Missão Impossível 2” (2000), verdadeiros clássicos do gênero, entre tantos outros. O recente “The Killer” é o remake do filme do mesmo nome dirigido também por Woo em 1989. A história, totalmente ambientada em Paris, é centrada na assassina profissional Zee (a bela e sensual atriz inglesa Nathalie Emmanuel), também conhecida como a “Rainha dos Mortos” no submundo do crime na capital francesa. Quando é recrutada, geralmente pelo pessoal da máfia, ela sempre pergunta se sua futura vítima merece morrer. Ou seja, Zee só mata gente ruim. Até que um dia, ao assassinar um grupo de traficantes dentro de uma boate, ela sente pena da jovem cantora Jenn Clark (Diana Silvers), que no meio do tiroteio acaba ficando cega. Zee desrespeitou a ordem de não deixar nenhuma testemunha viva. Ao mesmo tempo, o detetive Sey (Omar Sy, de "Intocáveis" e "Lupin") investiga todos esses casos de matança e vai atrás de Zee. Nesse vai e vem, muita gente morre pelo caminho, num show incessante de coreografias mortais, especialidade de John Woo. Completam o elenco Sam Worthington, Eric Cantona, Said Taghmaoui, Tchéky Karyo e Grégory Montel. Trocando em miúdos, o novo “The Killer” tem muita ação e prende a atenção do espectador até o sangrento desfecho. John Woo ainda em grande forma.             

           

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

“O DIÁRIO” (“EL DIARIO”), 2024, México, 1h35m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Alba Gil e Emma Bertrán, que também assinam o roteiro juntamente com Pamela Pons. O filme é um misto de terror psicológico e suspense sobrenatural. Recém-divorciada, Olga (Irene Azuela) aluga uma casa para morar com a filha Vera (Isabella Arroyo), de 8 anos. No sótão, Olga descobre um baú com objetos e um diário pertencentes aos antigos moradores. A aparição repentina de vultos circulando pela casa e o comportamento estranho da criança levam Olga a ler o tal diário, que, para sua surpresa e aflição, parece ter sido escrito por um ou uma serial killer. Os fatos narrados no diário são perturbadores, de fazer eriçar os pelos da nuca, pois descrevem torturas físicas que culminam com a morte de forma cruel. Assustada, Olga procura ajuda do terapeuta Carlos (Leonardo Ortizgris), que, ao invés de procurar um padre exorcista ou uma mãe de santo, decide consultar uma grafóloga, que talvez pela caligrafia consiga desvendar o mistério. Em meio a essa situação desesperadora, Olga ainda tem que administrar o assédio do ex-marido, que pretende assumir a guarda da criança. Embora o clima de tensão predomine do começo ao fim, prendendo a atenção do espectador, não há um desfecho muito satisfatório, o que acabou prejudicando o resultado final. Trocando em miúdos, só indico para os fãs de carteirinha do gênero terror que não sejam muito exigentes.           

           

               

                     

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

 

“O CHEF” (“BOILING POINT”), 2022, Inglaterra, 1h35m, em cartaz na Prime Vídeo, direção de Philip Barantini, que também assina o roteiro com James Cummings. No filme, acompanhamos a tensão que impera nos bastidores de um conceituado restaurante localizado ao norte de Londres numa sexta-feira à noite, com casa lotada e a presença de fregueses ilustres. Filmado inteiramente dentro do restaurante num único plano-sequência, sem cortes, a câmera nervosa do diretor valoriza a sensação de estresse geral, do pessoal da cozinha à equipe que atende às mesas. Todo mundo à beira de um ataque de nervos, principalmente o chef Andy Jones (Stephen Graham, de “O Irlandês”). A tensão começa antes mesmo do restaurante abrir para os clientes, quando um fiscal sanitário faz uma inspeção e reduz a nota da casa de 5 para 3. E dá-lhe estresse. Cliente reclama da comida, outro exige prato que não está no cardápio, chef briga com os cozinheiros, e por aí vai a confusão generalizada. Tensão do começo ao fim, como deve acontecer na realidade dos restaurantes mais badalados do mundo. Resumindo, o filme é ótimo, mas não é para qualquer público. É tão bom que recebeu vários prêmios no British Independente Film Awards e indicações para o BAFTA Awards (o Oscar inglês). Não perca!          

domingo, 6 de outubro de 2024

“RIVAIS” (“CHALLENGERS”), 2024, Estados Unidos, 2h11m, em cartaz na Prime Vídeo, direção do cineasta italiano Luca Guadagnino (“Me Chame pelo seu Nome”, “Suspíria: A Dança do Medo”), seguindo roteiro assinado por Justin Kuritzkes. O filme mistura esporte, romance, sexo, drama e um certo suspense.  Trata-se da história de uma amizade conflituosa entre três tenistas: Tashi Duncan (Zendaya, de “Duna”, “Euphoria”), Art Donaldson (Mike Faist) e Patrick Zweig (Josh O’Connor). Eles se conheceram em 2006, quando disputavam torneios amadores. Tashi era considerada um fenômeno nas quadras e logo iria se profissionalizar, enquanto os outros dois, amigos inseparáveis, buscavam um lugar de destaque no tênis profissional. A amizade entre os três acaba virando um triângulo amoroso desde o início. Entre idas e vindas no roteiro, repleto de flashbacks, a história dá um salto até 2019, quando Tashi, depois de abandonar as quadras por causa de uma grave lesão, assume o cargo de técnica de Art, enquanto Patrick, também jogador profissional, luta para conquistar seu primeiro título. Depois de ganhar alguns títulos importantes, Art entra em decadência. Para retomar sua confiança, Tashi o aconselha  a disputar um torneio Challenger, o mais baixo do circuito profissional. Aqui, Art irá enfrentar na final o seu antigo melhor amigo e ex-namorado da sua esposa. Como você já reparou, a amizade é que comanda a história, mas será na quadra que acontecerá uma surpreendente reviravolta. Aliás, a maneira de filmar as cenas dos jogos é bastante interessante, algumas das quais fazem parecer que a bolinha sairá da tela para atingir o espectador. Mesmo que você não seja fã do esporte da bolinha amarela, certamente irá curtir esse drama inovador. Ah, antes de ligar o play, porém, recomendo que tirem as crianças da sala, pois algumas cenas de sexo e nudez são bastante fortes.