“KING –
UMA HISTÓRIA DE VINGANÇA” ("MESSAGE FROM THE KING”), 2016, coprodução
Inglaterra/França/Bélgica, 1h42m, disponível na Netflix, direção do cineasta
belga Fabrice Du Welz, com roteiro de Stephen Cornwell e Oliver Butcher. Trata-se
de um suspense de ação cuja história é toda centrada em Jacob King (Chadwick
Boseman, o “Pantera Negra”), que viaja da África do Sul, sua terra natal, para
Los Angeles com o objetivo de encontrar a irmã caçula Bianca (Sibongile
Mlambo). King havia sido informado de que Bianca estava com problemas ligados
ao tráfico de drogas e prostituição em Los Angeles. Ao chegar em LA, King
procurou por todo lado e, depois de alguns dias, só encontrou a irmã na mesa
fria de um necrotério, com o corpo totalmente mutilado. King resolve investigar por conta própria até chegar a uma turma da pesada, envolvida com
pornografia, exploração de sexo infantil, prostituição e tráfico de drogas. No
meio deles, um importante dentista da cidade e um político corrupto em campanha.
Aí a coisa vai pegar, pois King é bom de briga (pertenceu a uma famosa e
violenta gangue de delinquentes que metia medo na população de Joanesburgo) e,
enquanto não caçar um por um dos assassinos de sua irmã, não voltará para o seu
país. O filme não traz muita coisa de novo, tem os clichês de sempre que
caracterizam todas aquelas histórias de vingança. A única surpresa está
destinada para o desfecho, quando King chega de volta ao seu país. Completam o
elenco Teresa Palmer, Luke Evans, Alfred Molina e Natalie Martinez. Resumo da
ópera: “King” tem bastante ação, tiros e muita pancadaria, bem ao gosto de quem
curte um bom entretenimento com um saco de pipoca do lado. Dá para ver numa boa.
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sábado, 27 de junho de 2020
sexta-feira, 26 de junho de 2020

quinta-feira, 25 de junho de 2020
Talvez esteja enganado, mas não
lembro de já ter assistido a algum filme policial israelense. “SUICÍDIO” (“ITSEMURHA:
HITABDUT”) deve ter sido o primeiro. E não me decepcionou. A produção é
de 2014 – está disponível na plataforma Netflix-, tem 1h53m de duração e foi escrito
e dirigido por Benny Fredman, estreando como cineasta de longas. A história é
centrada no empresário Oded (Rotem Keinan), endividado até o pescoço e, pior,
deve muito dinheiro para Muki (Igal Naor), um agiota da pior espécie, que
costuma cobrar seus devedores com torturas e ameaças às suas famílias - e até algumas mortes no percurso. Para
pagar suas dívidas e salvar a família da vingança de Muki, Oded planeja sua
própria morte para que sua esposa Dafna (Mali Levi) receba o seguro de vida e pague
ao agiota. Quando Oded aparece queimado e morto depois de um incêndio em sua
loja, a polícia começa a investigar o que realmente aconteceu. O mistério fica
ainda maior depois que os legistas descobrem que Oded morreu depois de
levar um tiro, à primeira vista suicídio. Detida na cena do crime, Dafna é levada para a delegacia e
interrogada pelo detetive Romi Dor (Dro Keren). Ela logo é considerada
suspeita, já que a questão do seguro de vida a receber é descoberta pela
polícia. Até o desfecho, muita coisa acontece, num clima de tensão e muito
suspense que segue em bom ritmo, valorizado pela inclusão no roteiro de algumas
surpreendentes reviravoltas. Além disso, tem a presença da bela e competente atriz israelense Mali Levi, o que já vale a entrada. Recomendo sem dourar muito a pílula.
quarta-feira, 24 de junho de 2020
“PRESSÁGIO”
(“LA CORAZONADA”), 2020, Argentina, produção Netflix, 1h56m, roteiro e direção
de Alejandro Montiel. Bom suspense policial cuja história é baseada no romance “La
Virgen en Tus Ojos”, da escritora Florencia Etcheves, que também colaborou no roteiro.
O filme já começa com dois assassinatos. O de um rapaz que acabou da sair da
cadeia depois de cumprir pena pelo assassinato da esposa de um policial e de
uma jovem cujo pai é um grande empresário do ramo de supermercados. Os casos
são entregues para a equipe do inspetor Francisco Juanez (Joaquín Furriel), cujas
atitudes misteriosas parecem guardar algum segredo. Juanez conta com dois
assistentes diretos, um deles a detetive novata Manoela “Pipa” Pelari (Luisana
Lopilato), recém-integrada à equipe. Enquanto as investigações evoluem, o
promotor Roger (Rafael Ferro), da corregedoria de polícia, recebe informações
de que Juanez pode ter assassinado o rapaz, já que sua vítima era justamente a
esposa de Juanez. Caberá justamente a “Pipa” Pelari a missão de também investigar,
em segredo, as atitudes do seu chefe. Daí até o desfecho, muita tensão,
suspense e algumas reviravoltas. A boa atuação da atriz argentina Luisana Lopilato - na vida real casada desde 2011 com o cantor norte-americano Michael Buble desde
2011-, dá credibilidade à personagem da detetive Pelari, com sobriedade e sem
afetações. Trocando em miúdos, “Presságio” certamente agradará quem curte o gênero
policial, principalmente pelo roteiro bem elaborado, situações convincentes e
pela estética “noir” sempre bem-vinda. Desde que estreou na Netflix, em 28 de maio de 2020,
é o suspense mais assistido do ano até agora na plataforma.
segunda-feira, 22 de junho de 2020
“A
TERRA E O SANGUE” (“LA TERRE ET LE SANG”), 2020, França, 1h20m. Quem
assima o roteiro e a direção é Julien Leclercq. Disponível na Netflix desde 18
de abril de 2020, a ação de “A Terra e o Sangue“ começa logo na abertura, quando
quatro assaltantes roubam uma grande quantidade de cocaína de uma delegacia de
polícia. A droga pertencia ao traficante Adama (Erik Ebouaney), que conseguiu
escapar quando da apreensão da cocaína. Erik não teve nada a ver com o roubo da delegacia e, quando soube que
haviam levado a cocaína, partiu atrás dos responsáveis. Resumindo: a droga
acaba escondida na serralheria de Said (o ator franco-tunisiano Sami Bouajila),
levada por um de seus funcionários, Yanis (Samy Seghir), irmão de um dos
assaltantes da delegacia. Por uma razão que não vou adiantar, a gangue de Adama
descobre o paradeiro da cocaína e a ação passa a se concentrar na serralheria,
onde Said está com a filha deficiente auditiva (Sofie Lesaffre). A partir daí,
o suspense rola solto, Said tentando se defender sozinho dos invasores, inclusive
utilizando alguns equipamentos da serralheria. Mesmo sendo um filme que prende
a atenção até o final, não é o melhor do cineasta Leclerck, um especialista em
filmes de ação, alguns muito bons, como “Gibraltar” e “Carga Bruta” (ambos
comentados aqui no blog). Em todo caso, dá para assistir numa boa.
domingo, 21 de junho de 2020
“WASP
NETWORK – REDE DE ESPIÕES” (“WASP NETWORK”), 2019, coprodução
França/Espanha/Brasil/Bélgica, 2h10m, roteiro e direção do veterano cineasta Frances
Olivier Assayas. A história na qual se baseou o roteiro foi inspirada no livro “Os
Últimos Soldados da Guerra Fria”, do jornalista e escritor brasileiro Fernando
Morais, que relembra fatos ocorridos na década de 90. Naqueles anos, o
governo cubano resolveu criar uma equipe de espiões para se infiltrar na
comunidade da Flórida, em especial em Miami, com o objetivo de localizar e
eliminar cidadãos anticastristas que estavam realizando atentatos a
instalações turísticas em Havana e Varadero. A operação secreta dos agentes
cubanos ficou conhecida como “Rede Vespa”. Entre os espiões recrutados estavam
René Gonzalez (Édgar Ramírez) e Juan Pablo Roque (Wagner Moura), ex-pilotos da
força aérea cubana, além de Jose Basulto (Leonardo Sbaraglia) e Gerardo
Hernandez (Gael García Bernal). Embora não soubessem da operação secreta, Olga
Salanueva (Penélope Cruz) e Ana Margarita Martinez (Ana de Armas), esposas de
René e Juan Pablo, respectivamente, também tiveram um papel de destaque na
história. Como os trabalhos de espionagem eram realizados em território
norte-americano, logo o FBI entraria em ação para acabar com a operação. O
cineasta francês Assayas não tira partido de um lado nem de outro, mas não
deixa de cutucar o dedo na ferida da situação econômica cubana, que piorou
muito com o fim da parceria com a Rússia após o fim do regime comunista, em
1989. O elenco latino é um dos principais destaques do filme: o venezuelano Óscar
Ramírez, do brasileiro Wagner, o mexicano Gael García Bernal), a cubana Ana de
Armas, o argentino Sparaglia e a espanhola Penélope Cruz, todos artistas em
grande evidência há anos no cenário cinematográfico mundial. A estreia mundial
de “Wasp Network” ocorreu durante o Festival de Veneza, no qual disputou o Leão
de Ouro. Por aqui, foi exibido na abertura da Mostra Internacional de Cinema de
São Paulo, em 2019. O filme é muito bom, mantém um nível de suspense e tensão
do começo ao fim, além de mostrar detalhes de fatos pouco divulgados por aqui. Resumo
da ópera: um filmaço! Ah, e está disponível na plataforma Netflix desde o dia
16 de junho de 2020.