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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
“DOR E GLÓRIA” (“DOLOR Y
GLORIA”), 2019, Espanha, 1h53m, é o filme mais autobiográfico do roteirista
e diretor Pedro Almodóvar. É o seu 21º longa-metragem e, na minha opinião, o
mais genial. A história é centrada no cineasta Salvador Mallo (Antonio
Banderas), que tem dificuldade de enfrentar a velhice que chega e, com ela, a
depressão e a falta de inspiração. Tem problemas de saúde, dores pelo corpo e
nenhuma vontade de socializar. Até que um dia resolvem prestar uma homenagem ao
filme “Sabor”, que Mallo escreveu e dirigiu há 32 anos, um grande sucesso na
época. Os preparativos para a homenagem fizeram com que Mallo reencontrasse
Alberto Crespo (Azie Etxeandia), ator principal do filme e com o qual havia
brigado. Mallo também terá a oportunidade de rever Federico (o ator argentino
Leonardo Sbaraglia), seu antigo namorado. Em meio a esses encontros, Mallo
começa a recordar de sua infância pobre (papel do menino Asier Flores) em
Valência nos anos 60 e de sua relação com a dedicada mãe Jacinta (Penélope
Cruz), além de mostrar como surgiu sua opção sexual. Antonio
Banderas está ótimo no papel do diretor amargurado e, merecidamente, conquistou
o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes 2019, onde o filme teve a sua
estreia mundial e a indicação para a Palma de Ouro. “Dor e Glória” também
está representando a Espanha na disputa do Oscar 2020 de Melhor Filme
Estrangeiro. Segundo a prestigiosa revista norte-americana Times, trata-se do
melhor filme do ano. Almodóvar reconhece que Mallo tem tudo a ver com sua vida pessoal
(reparem que o penteado do ator Banderas é igual ao do cineasta). Quem assistir
poderá constatar que o Almodóvar colocou no roteiro uma série de memórias
afetivas. “Dor e Glória” é um grande filme, melancólico e, ao mesmo tempo, bastante sensível. Na minha
humilde opinião, um dos melhores de Almodóvar. Não perca!
domingo, 19 de janeiro de 2020
