“TUDO O QUE TIVEMOS” (“WHAT
THEY HAD”), 2018, EUA, 1h41m, primeiro longa-metragem
escrito e dirigido pela atriz e dramaturga Elizabeth Chomko. Trata-se de um
drama familiar intimista que gira em torno da doença da matriarca da família
Ertz, Ruth (Blythe Danner), que está entrando na fase mais aguda do Alzheimer,
o que mobiliza a atenção de toda a família. Quando ela sai de casa à noite sem
rumo, em meio a uma nevasca, o filho Nicky (Michael Shannon) pede à irmã
Bridget (Hilary Swank) que retorne à cidade para ajudá-lo a decidir o que fazer
com a mãe e convencer o pai Burt (Robert Forster) a interná-la em alguma clínica
especializada. É a partir dessa premissa que se desenvolve o roteiro, que,
apesar do contexto dramático, está entremeado de algumas ótimas situações de
humor, como aquela durante a missa dominical e um velório. Enfim, um drama
bastante comovente cujo maior trunfo é a atuação do elenco, principalmente os
veteranos Blythe Danner (mãe da também atriz Gwyneth Paltrow) e Robert Forster,
além da excelente Hilary Swank, que já tem um Oscar de Melhor Atriz por “Menina
de Ouro” (2004) e Michael Shannon. Mais um filme que trata de forma competente
a questão do Alzheimer e suas consequências não só para o doente, como também para toda
sua família. Excelente!
Páginas
▼
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
“ANJO MEU” (“ANGEL OF MINE”), 2019,
coprodução Austrália/EUA, 1h38m, direção de Kim Ferrant, com roteiro
de Lucas Davi e David Regal. Trata-se de um suspense cuja história é um
antigo clichê do cinema, ou seja, mulher psicótica e frustrada persegue uma família bem estruturada e feliz.
No caso, a maluca é Lizzie (Noomi Rapace), cuja filha então bebê morreu anos
antes no incêndio ocorrido num hospital. Desde então, ela faz terapia intensiva
com um psicólogo e é vigiada de perto pelo marido Mike (Luke Evans) e pelos
seus pais. Ao conhecer a família de Claire (Yvonne Strahovski) e Bernard
(Richard Roxburgh) Lizzie fica obcecada por Lola (Annika Whiteley), de cinco
anos, filha do casal. Na sua cabeça, Lola é a sua filha. Lizzie então parte para o confronto. Até o desfecho, que reserva
uma reviravolta bastante surpreendente, Lizzie infernizará a família de Claire,
a ponto de seu marido, a conselho do psicólogo, querer interná-la de novo num
hospital psiquiátrico. As atrizes principais estão ótimas em seus papéis de
perseguidora e perseguida. A atriz sueca Noomi Rapace ficou conhecida depois de
ter protagonizado a trilogia Millenium (“Os Homens que não Amavam as Mulheres”,
“A Menina que Brincava com Fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”) e hoje é
requisitada até por Hollywood. A australiana Yvonne Strahovski atuou em filmes
como “Por Trás dos seus Olhos”, “Ele está lá Fora” e “O Predador” (todos também
de suspense) e se tornou mais conhecida ao protagonizar as séries “Chuck”, como
Sarah Walker, e “Dexter”, como Hanna McKay. Impressionante como Yvonne se parece
com a nossa Luana Piovani, tão mulherão e bonita quanto. Mais conhecida como diretora de documentários e
curtas, a australiana Kim Ferrant acerta a mão neste que é o seu segundo longa-metragem
– o primeiro foi “Terra Estranha”, com Nicole Kidman. “Angel of Mine” estreou dia
14 de agosto de 2019 durante a programação oficial do Melbourne International
Film Festival. Uma boa opção para quem gosta do gênero suspense.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
