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sábado, 25 de maio de 2019

quarta-feira, 22 de maio de 2019
“A
BUSCA DE CHARLOTTE” (“The Stoler”), 2017, Inglaterra, 98 minutos,
direção de Niall Johnson, que também assina o roteiro com Emily Corcoran
(atriz que também atua no filme). Se você pensa que o faroeste hostil só
existiu nos Estados Unidos, reveja seus conceitos. A distante Nova Zelândia,
principalmente na segunda metade do século 19, também teve seus bandidos
mascarados, índios (os maoris), aventureiros em busca de ouro, traficantes e saloons, socos e tiros. E até mineiros chineses, veja só. E ainda mocinho e bandido. No caso, mocinha e bandido. Esta produção
inglesa, ambientada em 1860, conta a jornada corajosa e heroica de Charlotte Lockton (a bela
e competente atriz Alice Eve), de uma família da alta aristocracia inglesa que
foi para a Nova Zelândia casar com um rico fazendeiro. Num certo dia, bandidos
mascarados assaltam a fazenda, matam o marido de Charlotte e sequestram seu
filho ainda bebê. Meses depois, ela recebe uma carta do sequestrador pedindo uma
vultosa soma como resgate. Charlotte, sem ajuda de ninguém, segue uma pista que
a leva a uma longínqua e inóspita região, frequentada por gente da pior
espécie. Nesse lugar, ela descobre quem matou seu marido e sequestrou seu
filho. O problema é enfrentá-lo e aos seus capangas. Não lembro de ter
assistido algum faroeste ambientado na Nova Zelândia. Por esse ineditismo e como
filme de ação, “A Busca de Charlotte” até que vale uma sessão da tarde com
pipoca. Tem lá seus momentos de suspense e, repito, a bela Alice Eve.
terça-feira, 21 de maio de 2019
“UNA”, 2016, Inglaterra, 1h34m,
roteiro e direção do australiano Benedict Andrews. Em sua estreia como
roteirista e diretor – é mais conhecido como diretor de teatro -, Andrews conseguiu
fazer um filme romanceado, embora o pano de fundo da história seja a pedofilia,
abuso sexual e estupro. Na verdade, o filme é baseado na peça de teatro “Blackbird”,
escrita pelo dramaturgo escocês David Harrower, que se inspirou num caso de um estupro
cometido em 2003 pelo ex-fuzileiro norte-americano Toby Studebaker, que sequestrou
e abusou de uma menina de 12 anos, acabando na prisão por quatro anos. No
filme, a adaptação da peça teatral ganhou uma nova abordagem, aliviando um
pouco a conotação de crime sexual. A adolescente Una (Ruby Stokes), de 13 anos,
é abusada sexualmente por um homem bem mais velho, Ray (o ator australiano Ben Mendelsohn),
seu vizinho e, pior, amigo de seu pai. O caso vai parar na polícia, e Ray vai
para a cadeia por quatro anos. Quando sai da prisão, resolve mudar o nome para
Peter. Quinze anos depois, Una (agora interpretada por Rooney Mara) reencontra
Ray/Peter, que está casado e tem uma filha. Ela quer discutir a antiga relação,
talvez se vingar, num acerto de contas? Nessa parte, o diretor Andrews carrega
no suspense. Una vai até a fábrica onde Ray/Peter trabalha, tumultua o ambiente
e o deixa na maior “saia justa” perante os seus colegas de trabalho. Como
terminará a história? Haverá algum corpo estendido no chão? Não vou dar a
resposta, que você só terá assistindo. Devo recomendar? Dúvida cruel...
domingo, 19 de maio de 2019
“O
FAVORITO” (“The Front Runner”), EUA, 2018, produção da Sony
Pictures (no Brasil, foi lançado nas plataformas digitais no dia 24 de abril de
2019), 1h54m, direção de Jason Reitman, que também assina o roteiro juntamente
com Jay Carson. Baseado em fatos reais, o filme conta a história da ascensão e
queda do político norte-americano Gary Hart na década de 80. Senador pelo
Colorado, Hart disputou a indicação do Partido Democrata para disputar a presidência
dos EUA em 1984, perdendo para Valter Mondale. Quatro anos depois, volta a
concorrer e logo passa a ser o grande favorito, mas um escândalo sexual
revelado pelo jornal Miami Herald resulta na sua desistência. O filme, inspirado
no livro “All The Truth is Out: The Week Politics Went Tabloid”, escrito em
2014 pelo jornalista Matt Bai, aborda os bastidores da campanha de Hart (Hugh
Jackman), a rotina árdua e estressante de sua equipe de trabalho comandada por
Bill Dixon (J. K. Simmons) e o relacionamento com sua esposa Oletha “Lee” Hart
(Vera Farmiga). O filme também retrata, com muita competência, a cobertura da
campanha por parte da imprensa, as reuniões de pauta e como trataram da
divulgação do caso que Hart mantinha com Donna Rice (Sara Paxton). A direção e
o roteiro merecem um destaque especial. A ação transcorre num ritmo quase
alucinante, de prender a respiração. Enfim, mais um gol de placa do jovem
diretor Jason Reitman, de apenas 41 anos, que já mostrara sua competência como
roteirista e diretor em filmes como “Juno”, “Amor sem Escalas”, “Obrigado por
Fumar” e “Tully”. Resumo da ópera: um thriller
político da melhor qualidade. Imperdível!
