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sexta-feira, 1 de junho de 2018

quinta-feira, 31 de maio de 2018
“TRÊS
VIDAS E UM DESTINO” (“Head in the Clouds”), coprodução EUA/Inglaterra/Espanha, 2004, escrito e
dirigido pelo inglês John Duigan. Trata-se de um drama histórico romanceado,
ambientado na Europa durante os tumultuados anos 30 e 40 do século passado. A
história é centrada na amizade dos jovens Guy Malyon (Stuart Towsend),
professor universitário, Gilda Bessé (Charlize Théron), fotógrafa e filha de um
milionário aristocrata francês, e Mia (Penélope Cruz), uma refugiada espanhola
que ganhava a vida como stripper em
Paris. Guy e Gilda se conhecem na Universidade de Cambridge, ele se apaixona e
depois vai atrás dela em Paris. Gilda é uma mulher independente, sai e vai para
cama com vários homens e, ao que se presume, também com mulheres, inclusive Mia.
Na capital francesa, os três acabam morando juntos e formando um previsível ménage à trois. Até que um dia Guy e Mia
resolvem ir para a Espanha com o objetivo de ajudar a resistência ao governo
fascista de Franco. Depois que o conflito termina na Espanha, Guy volta a Paris
para procurar Gilda, mas aí começa a Segunda Guerra Mundial e a situação acaba
ficando cada vez mais difícil. Mesmo ainda muito jovens, as atrizes Charlize
Theron e Penélope Cruz, assim como o ator irlandês Stuard Towsend, já tinham
uma carreira consolidada no cinema e, sem dúvida, valorizaram ainda mais este
bom drama histórico. Destaque para a excelente recriação de época,
principalmente os figurinos, dignos de um editorial de moda dos anos 30/40. Sem
falar, é claro, na beleza e na competência das duas atrizes principais.
quarta-feira, 30 de maio de 2018

domingo, 27 de maio de 2018
“OS
FANTASMAS DE ISMAËL” (“LES FANTÔMES D’ISMAËL”), 2017, França, roteiro e direção de Arnaud
Desplechin. Acho que o cinema francês é, atualmente, o que oferece os melhores
e mais interessantes filmes. Claro que, de vez em quando, pisa na bola. A
pisada mais recente é este drama de roteiro complicado, o chamado “filme-cabeça”,
que confunde os neurônios dos espectadores. E olha que o elenco é ótimo:
Mathieu Amalric, Marion Cotillard, Charlotte Gaisbourg, Louis Garreal e Alba
Rohrwacher. O cineasta Ismaël (Amalric) vive um romance com a astrofísica Sylvia
(Gainsbourg). Há 21 anos, ele foi abandonado pela primeira esposa, Carlotta
(Cotillard), que sumiu de repente e poucos anos depois foi dada como morta. Só
que a “falecida” volta para tumultuar o ambiente, colocando em risco a
felicidade do novo casal. Sylvia fica enciumada e exige que Carlotta suma do
pedaço, o que acaba resultando um grande conflito. Alternando-se com essa
história, há uma outra: o caso de Ivan Dedalus (Garrel), que passa num teste para entrar
para a diplomacia francesa e resolve casar com a jovem Arielle Faunia
(Tohrwacher). Não há qualquer relação entre uma história e outra, a não ser que
seja um filme dentro de outro, o que não fica muito claro, pelo menos para
minha humilde inteligência. Acho que só confunde a cuca do espectador. Apesar
de pretensioso e de difícil compreensão, o filme foi selecionado para abrir o
Festival de Cannes 2017, além de ser indicado ao prêmio de Melhor Filme
Estrangeiro no Festival de Munique 2017. Ah, como destaque, recomendo a cena de
nu frontal protagonizada por Marion Cotillard, sem dúvida a melhor coisa desse
filme. Do mesmo diretor francês, recomendo “Terapia Intensiva” e “Três
Lembranças da Minha Juventude”, bem melhores do que este.
“ATORMENTADO
PELO PASSADO” (“ROMANS”),
2016, Inglaterra, primeiro longa-metragem dirigido pelos irmãos Ludwig e Paul
Shammasian, mais conhecidos no meio cinematográfico como diretores de curtas. A
história é centrada em Malky (Orlando Bloom), um operário que vive de bicos na
área da construção civil. Ele namora a bela Emma (Janet Montgomery), tem muitos
amigos e vive para cuidar da mãe (Anne Reid, em ótima atuação). Tudo vai bem até Malky ser
contratado para a equipe de demolição da antiga igreja local. Seu passado vem à
tona com a triste recordação de um fato ocorrido naquela mesma igreja há 25
anos: ele foi abusado sexualmente por um padre. A partir daí, Malky passa a
agir com violência, entra em depressão e seu relacionamento com os amigos, com
a namorada e com a própria mãe vira um verdadeiro inferno. Para piorar a
situação, Malky descobre que o líder da nova igreja será o mesmo padre que o
violentou. E por aí vai esse drama um tanto desagradável, pesado e arrastado,
muito difícil de digerir por quem está a fim de um bom entretenimento. A fraca atuação
de Orlando Bloom, mais conhecido por filmes como “O Senhor dos Anéis” e “Piratas
do Caribe”, não justifica sua escolha para o personagem principal. Enfim, não
dá para recomendar.