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sexta-feira, 13 de março de 2015

quinta-feira, 12 de março de 2015

terça-feira, 10 de março de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

Quando
a gente menos espera de um filme, aí é que ele surpreende. É o caso de “JULHO SANGRENTO” (“Cold in July”), EUA, 2014, direção de Jim Mickle. Com
exceção de alguns atores conhecidos e a informação de que a história é baseada
num livro escrito por Joe Lansdale, não há muitas referências. E não é que foi
exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2014? O filme começa
num suspense eletrizante, quando um homem desconhecido invade a casa de Richard
Dane (Michael C. Hall) de madrugada. Dane apaga o bandido com um tiro, a
polícia chega e encerra o caso como legítima defesa. Russel (Sam Sheppard), o
pai do morto, sai da prisão em regime condicional e vai atrás da vingança pelo
filho morto, ameaçando a família de Dane. Quando o chefe da polícia local Ray
Price (Nick Damici) prende Russel, o filme dá uma reviravolta surpreendente,
acrescentando ao suspense um pouco de policial noir e humor negro, com muita ação
e violência. Não dá para entrar em detalhes para não estragar a surpresa. Só dá
para dizer que a história vai envolver a máfia, policiais desonestos e até uma
produtora de filmes pornográficos. Também só dá pra dizer que Dane, até então
um pacato cidadão do bem e pai de família dedicado, acaba gostando da
adrenalina de enfrentar bandidos e vai se divertir dando tiros. O filme também
tem a presença do veterano ator Don Johnson, ótimo como Jim Bob, um
investigador particular excêntrico. Entretenimento garantido!
domingo, 8 de março de 2015
“THE BETTER ANGELS” (ainda sem tradução), 2014, é daqueles filmes que, aos 20 minutos do
primeiro tempo, já tem gente abandonando a plateia. O primeiro sinal de que vem
um filme esquisito está na menção, nos créditos, do nome do diretor Terrence Malick,
que desta vez atuou como produtor. Mas dá na mesma, pois o diretor A. J.
Edwards é tão pretensioso quanto. Na verdade, um discípulo do estilo de Malick (dos abomináveis “A Árvore da Vida” e “Amor Pleno”). Em "Amor Pleno", aliás,
Malick contou com a ajuda de Edwards. “The Better Angels” é ambientado no
início do século 19 no interior de Indiana e narra um período da infância de
Abraham Lincoln. Apresenta Thomas Lincoln (Jason Clarke), o pai, como um homem
severo e muitas vezes violento. O filme também aborda a doença e o falecimento
da mãe biológica, Nancy Lincoln (Brit Marling), e o surgimento de Sarah Bush
(Diane Kruger) como a segunda mãe de Ben (Braydon Denney). O filme é todo em
P/B, tem poucos diálogos e a história é narrada in off por um primo que conviveu com Abraham Lincoln até este completar
21 anos de idade, quando saiu de casa e entrou para a história dos EUA. O filme
é muito chato. Eu não marquei no relógio, mas a duração do filme é bem maior do que a 1h35 que vem nos créditos. A sensação, então, é que dura umas dez horas. Uma
verdadeira bomba atômica. Perto desta, a de Hiroshima é um estalinho. De qualquer forma, os críticos mais afetados vão gostar e os estudantes de Cinema vão achar obra-prima. Nesse mundo, tem gosto pra tudo.
“O MELHOR DE MIM” (“The Best of Me”), 2014, é mais um drama romântico adaptado
de um livro do escritor Nicholas Sparks. Apesar da dosagem altíssima de água
com açúcar, como todos os livros do glicêmico Spars, a história até que é bem
elaborada e não tem lances muito fantasiosos. Quando eram jovens, Amanda
Collier (Liana Liberato) e Dawson Cole (Luke Bracey) viveram uma intensa
paixão, com direito à primeira vez dela. Vinte e um anos depois, os dois se
reencontram na antiga cidade, Amanda vivida agora por Michelle Monaghan e
Dawson por James Marsden. Entre idas e ao passado e vindas ao presente, o filme
vai contar o drama de Dawson, criado por um pai violento e depois acolhido na
casa de um senhor bonachão dono de uma oficina mecânica, Tuck (Gerald McRaney).
Dawson tinha planos de casar com Amanda, cujo pai, um ricaço, foi totalmente
contra e fez de tudo para impedir o relacionamento. Um acontecimento trágico,
porém, levará Dawson a cumprir pena na prisão, o que o afastará de Amanda por
um longo tempo. Com relação aos atores, o diretor Michael Hoffman pisou na bola
ao escalar o ator australiano Luke Bracey para viver o jovem Dawson e James
Marsden para o Dawson mais velho. Os traços de um e do outro são completamente
diferentes. Nem uma plástica os tornaria parecidos. O ator Luke Bracey, aliás,
parece muito mais velho do que Liana. Mas a escolha das duas atrizes foi um gol
de placa: a bela e competente Michelle Monaghan realmente parece Liana mais
velha. Um filme ideal para espectadores românticos crônicos.