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sábado, 11 de outubro de 2014


quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Exibido pela primeira vez no Festival de Cannes 2014, o thriller “À PROCURA” (“The Captive”), do diretor
egípcio naturalizado canadense Atom Egoyan, foi recebido com frieza pelos críticos
e chegou até a ser vaiado na sessão especial à Imprensa. Trata-se de um
suspense policial cujo pano de fundo é a pedofilia e o sequestro de crianças.
Portanto, temas bastante incômodos. Histórias semelhantes já foram tratadas em
outros inúmeros filmes. Portanto, Egoyan não fez nada de novo. Cass, a filha de
8 anos de Mattheu (Ryan Reynolds) e de Tina (Mireille Enos) é sequestrada por
um grupo de pedófilos. A desconfiança da polícia recai sobre Mattheu, que passa
por grandes dificuldades financeiras e, portanto, acham que ele vendeu a
própria filha. Enquanto isso, a menina é mantida em cativeiro e sofre lavagem
cerebral, transformando-se em aliciadora de crianças pela Internet. A polícia
só encontrará alguma pista muitos anos depois, quando Cass já está com 16 anos.
Apesar de toda crítica desfavorável de Cannes, o filme funciona como suspense.
O elenco traz, além de Reynolds e Enos, Scott Speedman, Rosario Dawson, Kevin
Duran, Alexia Fast e Ella Ballentina. É bom que se diga: o diretor Atom Egoyan já fez filmes muito
melhores. Só para citar alguns exemplos: “O Doce Amanhã”, “Sem Evidências” e “O
Preço da Traição”.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014

terça-feira, 7 de outubro de 2014
“VIOLETTE”, drama
francês biográfico, conta a história de Violette Leduc (Emmanuelle Devos), uma
das maiores escritoras francesas do Século XX. O filme aborda com destaque a forte
amizade que Violette teve com a filósofa e escritora Simone de Beauvoir (Sandrine
Kiberlain). Muito se falou sobre a ligação entre as duas – ambas bissexuais -, que
teriam sido amantes. O filme deixa claro que houve, sim, uma paixão por parte
de Violette, rejeitada por Beauvoir. Esta, como admiradora do talento de
Violette como escritora, a ajudou muito nos contatos com editores e na publicação
das obras. Também nos momentos difíceis enfrentados por Violetta, quando chegou
até a ser internada num hospital psiquiátrico, Simone sempre esteve ao seu lado,
incentivando-a sempre a escrever. Outro grande amigo de Violette foi o
dramaturgo Jean Genet (Jacques Bonnaffé). Trata-se, evidentemente, de um filme feito
para um público específico, principalmente aquele que gosta de literatura. Muitos
dos textos falados e legendados reproduzem trechos das obras de Violette, a
maioria dos quais enfatizando a condição feminina da época. O filme, de 2013, é
dirigido por Martin Provost, que em 2008 já havia feito outro filme biográfico,
“Séraphine”, sobre a pintora francesa Séraphine de Senlis.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
“ATTILA MARCEL”, 2013, direção
de Sylvain Chomet, é um filme fantasioso, meio surreal. Uma fábula ao estilo “Amélie
Poulain”, só que com um personagem masculino. Ele é Paul (Guillaume Gouix), que
perdeu a fala e a memória quando era criança ao presenciar o acidente que matou
seus pais – o pai era justamente o Attila Marcel do título, um lutador de
luta-livre. Aos 33 anos, Paul vive com as tias Annie (Bernadette Lafont) e Anna
(Hélène Vincent). A vida dele se resume a tocar piano na academia de dança das
tias e em casa para convidados. Nada mais. Até que um dia ele conhece Madame
Proust (Anne Leny), vizinha do 4º andar. Ela faz um tipo de infusão capaz de
despertar lembranças de infância. É bebendo essa infusão que Paul, em flashbacks,
recupera a memória dos fatos da infância, incluindo o acidente com seus pais. Muito
do estilo fantasioso e feérico dessa produção francesa se deve à experiência de
Sylvain Chomet como diretor de filmes de animação (“As Bicicletas de Belleville”,
de 2003, por exemplo). “ATTILA MARCEL” foi o
último filme da atriz Bernardett Lafont. O filme, aliás, é dedicado a ela.
domingo, 5 de outubro de 2014

