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sábado, 12 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
“Presa na Escuridão” (“Penthouse North”), 2013, EUA, direção de Joseph Ruben (“Dormindo com
o Inimigo”). A história é a mesma de outros filmes de suspense que utilizaram o
mesmo tipo de enredo. Mulher cega em apartamento sendo atacada por um maníaco. No
caso deste, porém, a cega é atacada por dois psicopatas sádicos e violentos. A
história começa com a repórter fotográfica Sara Frost (Michelle Monaghan) em
missão no Afeganistão. Ela é vítima da explosão de uma bomba e fica cega. O
filme pula três anos e ela está morando com o namorado Danny (Trevor Hayes)
numa luxuosa cobertura em Nova Iorque. Ela não sabe, porém, que o namorado ficou
rico no mundo do crime e está sendo procurado por seus dois ex-parceiros, Hollander
(Michael Keaton) e Chad (Barry Sloane). Eles acham o endereço e vão querer
vingança, além de uma fortuna em diamantes que Danny ficou de dividir e não
dividiu. Sara, que não tem nada a ver com a história, vai passar maus momentos
com a dupla de maníacos. O filme até que funciona como suspense, tem ritmo e
ação constantes, além de uns bons sustos. Mas quem vai gostar mais do filme são
os arquitetos, pois a cobertura é nada menos do que espetacular.quinta-feira, 10 de julho de 2014
“Unidas pela Vida” (“Decoding Annie Parker”), 2012, EUA, é um drama baseado em fatos reais
dirigido por Steven Bernstein. Conta duas histórias interligadas, ambas envolvendo
a temática do câncer de mama, a partir dos anos 60. A primeira apresenta a
trajetória da doença na família de Annie Parker (a atriz inglesa Samantha
Morton), cuja avó, a mãe e a irmã mais velha morreram em consequência desse
tipo de câncer. A segunda mostra os estudos desenvolvidos durante anos pela
equipe de pesquisadores da Universidade Berkeley, da Califórnia, chefiada pela
geneticista Marie-Claire King (Helen Hunt), que culminaram com a descoberta do
BRCA1, gene do câncer da mama. O enfoque principal do filme, porém, é a vida de
Annie Parker, seu casamento, suas perdas afetivas e seu drama com a doença. Ela
sofre muito e não se entrega. Ao mesmo tempo, é capaz de encarar a doença com
algumas tiradas bem humoradas, o que minimiza – e muito – o aspecto dramático
do filme, valorizado ainda mais pelos ótimos desempenhos de Samantha Morton e Helen Hunt. Entretenimento dos mais interessantes, tanto sob o ponto-de-vista
científico como humano.
“Salvo – Uma História de Amor e Máfia” (“Salvo”), 2012, dirigido por Fabio Guassadonia
e Antonio Piazza, é um drama italiano centrado no assassino profissional Salvo
Mancusso (o ator de origem árabe Salen Bakri), contratado por um chefão da
Máfia para assassinar um desafeto. Quando chega à casa do seu alvo, Salvo dá de
cara com a irmã da vítima, uma moça cega, Rita (Sara Serraiocco). Numa longa e
tediosa cena, Salvo anda pela casa um tempão até achar sua vítima. Depois de matá-la,
vai atrás de Rita, mas não tem coragem de executar a moça. Então, a leva para o
galpão de uma fábrica abandonada, onde a manterá prisioneira. De vez em quando,
ele leva comida para a moça, que, de forma inexplicável, volta a enxergar. O
chefão mafioso descobre que Salvo não matou a moça e vai atrás dele e dela com seus
capangas. Ao contrário do que poderia se esperar de um enredo envolvendo a
Máfia, este é terrivelmente arrastado e sonolento, com poucos diálogos, filmado
em ambientes sombrios e atores que não conseguiriam passar num teste para “Malhação”.
O filme recebeu o Grande Prêmio da Semana da Crítica no Festival de Cannes
2013, mais um absurdo do mundo dos festivais. Eu daria um prêmio do tipo "Abacaxi do Ano". quarta-feira, 9 de julho de 2014
“Tudo por um Furo” (“Anchorman 2: The Legend Continues”), 2013, dirigido por Adam Mckay, é
besteirol puro. Nada a se levar muito a sério, tudo politicamente incorreto,
incluindo piadas infames, escatológicas e de cunho racista. O filme é a
continuação de “O Âncora – A lenda de Ron Burgundy”, realizado há uma década. A
história gira em torno de Ron Burgundy (Will Ferrel), a grande estrela dos
telejornais de San Diego. Depois de perder o emprego, ele estava trabalhando no Sea
World como apresentador de shows de orcas e golfinhos. Em 1980, onde se situa o
filme, ele recebe uma proposta para ser o “âncora” de um dos programas de
jornalismo de uma nova emissora em Nova Iorque, a GNN, cuja proposta é apresentar
notícias durante as 24 horas do dia – alusão clara à CNN,
fundada naquele mesmo ano por Ted Turner. Ron forma uma equipe com seus antigos
companheiros Champ (David Koechner), Brick (Steve Carell) e Brian (Paul Rudd), abobados a nível psiquiátrico. Com
seus métodos inovadores e sensacionalistas, eles farão um tremendo sucesso na
GNN. Atores e atrizes famosos toparam participar da brincadeira (o filme todo é
uma grande brincadeira), em rápidas aparições, como Harrison Ford, Marion Cotillard,
Will Smith, Liam Neeson, Vince Vaughn, Sacha Baron Cohen, Kirsten Dunst, Tina
Fey e outros. Quem curte o gênero besteirol vai gostar e se divertir.terça-feira, 8 de julho de 2014
“Uma Juíza sem juízo” (“9 mois Ferme”), 2012, é uma comédia francesa dirigida por Albert
Dupontel, que também escreveu o roteiro e é um de seus principais
protagonistas. Foi um grande sucesso de bilheteria na França, com mais de 2 milhões de espectadores. A juíza do título é Ariane Feldier (Sandrine Kiberlain), que aos
40 anos acaba de ser indicada para ocupar um cargo importante no Tribunal de
Justiça da França. Ela trabalha demais, é rigorosa nas sentenças e muito
conceituada entre os colegas. No plano pessoal, porém, é uma mulher sozinha,
solteira e muito recatada. Isso tudo vai mudar quando, na festa de final de ano
do Tribunal, ela toma umas doses de champanhe a mais e acorda no dia seguinte
sem lembrar o que aconteceu. Meses
depois, descobre que está grávida, mas não sabe como nem de quem. Ela inicia
uma investigação particular para descobrir quem é o pai da criança e chega à conclusão
que é Bob Nolan (papel de Dupontel, o diretor), um assaltante envolvido num
caso em que ela é a juíza. Ou seja, vai virar uma confusão total. O filme tem
algumas cenas muito engraçadas, mas perde um pouco o ritmo do meio para o
final. De qualquer forma, é uma boa pedida para distrair. Um detalhe curioso é
a participação do ator Jean Dujardin (“O Artista”), fazendo uma paródia dos
tradutores para surdos (aqueles que aparecem no canto direito da TV). Sandrine
Kiberlain, como sempre, está ótima. É daquelas atrizes versáteis que tanto atuam
com competência em comédias como em dramas. Uma Meryl Streep francesa.


