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sábado, 5 de julho de 2014
sexta-feira, 4 de julho de 2014

“Amor e Turbulência” (“Amour
& Turbulences”), 2013, é uma comédia romântica francesa dirigida por
Alexandre Castagnetti. O enredo gira em torno da artista plástica Julie
(Ludivine Sagnier), que numa viagem de Nova Iorque de volta para a França
encontra no mesmo voo – e na poltrona ao lado – seu ex-namorado Antoine
(Nicolas Bedos). Há três anos, os dois tiveram um caso que quase terminou em
casamento, o que não aconteceu por causa das traições de Antoine, mulherengo
dos mais ativos. Durante a viagem – o que leva o filme quase inteiro -, os dois
discutem a antiga relação e relembram os principais momentos do relacionamento,
mostrados no filme em flashbacks. Nas poltronas ao lado, outros passageiros
escutam a conversa dos dois e torcem para eles reatarem o namoro. Clichê dos
mais cafonas. O filme, no geral, é muito fraco, como comédia e também como
romance. O ator Nicolas Bedos lembra aqueles galãs bregas dos filmes dos “Trapalhões”.
Tem cara de bobo e nenhuma graça. Não dá para entender como Ludivine Sagnier, dos
ótimos “Dublê do Diabo” e “Swimming Pool”, este último de François Ozon, embarcou
nessa barca furada. Se há algo para elogiar no filme é a trilha sonora, incluindo "The More I See You", com Chris Montez, e "What a diff'rence a day makes", com Dinah Washington.
quarta-feira, 2 de julho de 2014

“Descalço” (“Barefoot”),
2013, EUA, é uma comédia romântica com Evan Rachel Wood e Scott
Speedman, sob a direção de Andrew Fleming. Trata-se, na verdade, da refilmagem do filme alemão "Barfuss", de 2005. Depois de ser detido numa confusão, o beberrão e brigão Jay Wheeler
(Speedman) é colocado sob condicional e designado para trabalhar como servente
num hospital psiquiátrico. Lá, conhece Daisy (Rachel Wood), uma bela paciente
diagnosticada como esquizofrênica e potencial suicida. Ela anda sempre descalça,
daí o título do filme, embora no masculino (custava traduzir por “Descalça”?). Um
dia, durante seu turno de trabalho, Jay flagra um médico na tentativa de atacar
Daisy sexualmente e decide tirar ela do hospital. Jay aproveita a fuga para ir
até o casamento do irmão e, para agradar a mãe, apresenta Daisy como sua
namorada. Com seu jeito simplório e ingênuo, ela vai arrumar muita confusão e
garantir a simpatia da família de Jay. Apesar de previsível como toda comédia
romântica, o filme tem lá seus momentos engraçados e funciona como um agradável
entretenimento, o que costuma ser tão raro nesse gênero.
terça-feira, 1 de julho de 2014



"Aurora" ("Vanishing Waves") é um filme lituano
de 2012. É uma ficção interessante, meio maluca, surreal. Cientista concorda em
ser cobaia numa experiência cujo objetivo é tentar uma conexão com uma moça em
coma, uma "transferência neural" segundo os cientistas. O
cientista-cobaia ingressa no mundo surreal habitado pela comatosa e, depois de
muita transa, acaba se apaixonando. Só que ele não conta para os outros
cientistas. O filme ganhou o prêmio "Meliès de Ouro" no Festival do Cinema
Fantástico. Sem dúvida, um filme bastante original.

A
presença de Terence Stamp e Vanesa Redgrave torna qualquer filme obrigatório.
Ainda mais se atuarem juntos. É o caso de "Canção
para Marion" ("Unfinished Song"), filme inglês de 2012.
Stamp está ótimo como o marido rabugento de Marion (Vanessa). Ela sofre de
câncer e canta num coral da terceira idade. Arthur é superprotetor, acha que só
ele pode cuidar da mulher. Apesar da doença de Marion, o filme é alegre,
divertido, sensível. Programão pra toda a família.

Não
dá pra falar do enredo de "Os
Suspeitos" ("Prisioners") sem correr o risco de entregar
alguma surpresa. É um ótimo suspense, cheio de reviravoltas, prende você na
poltrona do começo ao fim. O elenco só tem feras: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal,
Paul Dano, Viola Davis, Maria Bello, Melissa Leo, Terrence Haward etc. O
diretor é o canadense Denis Villeneuve (não tem nada a ver com a família da
Fórmula 1), o mesmo do excelente "Incêndios", que em 2011 disputou o
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pelo Canadá. "Os Suspeitos" tem
duas horas e meia de duração. Portanto, o saco de pipoca tem que ser grande.
Programão!


"O que Richard fez" ("What Richard did"), de 2012, é
considerado o melhor filme irlandês de todos os tempos. Exageros à parte, é um
excelente drama que merece ser visto. A maioria do elenco é formada por atores
jovens na faixa dos 18 anos de idade, com destaque para Jack Reynor, o
"Richard" do título. Ele é rico, atleta de sucesso e cobiçado pelas
garotas. Começa a namorar com uma e numa festa se envolve numa briga. Aí
acontece "O que o Richard fez". Até aí, o filme é bem leve, quase um
romance juvenil. Depois, vira um drama daqueles. A história é baseada no livro
"Aconteceu em Blackrock", de Kevin Power. Esse ator, Jack Reynor, é
muito bom. Pode não ser o melhor filme irlandês de todos os tempos, mas deve
ser um dos.

segunda-feira, 30 de junho de 2014
“O Mordomo da Casa Branca” (“The
Butler”), EUA, 2013, conta a história de Cecil Gaines (Forest Whitaker), um
negro que na infância trabalhava numa plantação de algodão. Em 1926, ainda
menino, viu seu pai ser assassinado a sangue frio e sua mãe sofrer abuso sexual
por parte do patrão. Com pena do garoto, madame Annabeth Westfall (Vanessa
Redgrave) coloca o menino para trabalhar dentro de casa e o ensina nas tarefas
de criado. Ainda jovem, Gaines fugiu da fazenda e foi para Washington, onde
conseguiu emprego num hotel frequentado por políticos e gente da sociedade. Ao
demonstrar um bom conhecimento na arte de servir, Gaines é notado por um
assessor da Casa Branca, que logo o convida para o cargo de mordomo. É 1952. Gaines
começa servindo o presidente Harry Truman e, pelos 34 anos seguintes, servirá
mais seis presidentes. O filme mostra Gaines nos bastidores da Casa Branca e
seu relacionamento muito próximo com os presidentes e as primeiras-damas. Como
pano de fundo – e aí está o mais interessante -, o filme aborda a luta
pelos direitos civis dos negros naquela época. Para desespero de Gaines, um de
seus filhos, Louis (David Oyelowo), é líder ativista de grupos antiracismo,
incluindo os Panteras Negras. Gaines é um personagem fictício, criado pelo
roteirista Danny Strong com base em depoimento do mordomo Eugene Allen, que
realmente trabalhou na Casa Branca. O diretor Lee Daniels (“Preciosa”) conseguiu
reunir um grande elenco. Além de
Whitaker e Vanessa Redgrave, trabalham
John Cusack, Cuba Gooding Jr., Oprah Winfrey, Jane Fonda, Mariah Carey, Robin
Williams e Terrence Howard. Vale a pena assistir pelo contexto histórico e
pelo ótimo trabalho do ator Forest Whitaker.
domingo, 29 de junho de 2014
