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sábado, 1 de março de 2014
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
“Capitão Phillips” (“Captain Phillips”) é daqueles filmes do tipo super bonder: você não consegue
desgrudar da poltrona. Um filmaço. Conta
a história verídica do sequestro do cargueiro “Maersk Alabama” por piratas
somalianos, em 2009. Embora naquela época fosse muito comum esse tipo de ataque
na costa da Somália, não houve uma preocupação maior com a segurança do navio e
de sua tripulação, comprovada pela invasão por parte de apenas quatro piratas somalianos.
No mínimo, o navio deveria ter homens armados de prontidão. Mas isso já é outra
história. Entre as tentativas dos piratas em invadir a embarcação, a chegada da cavalaria e o desfecho
final, a ação e o suspense estão garantidos o tempo todo. As cenas das
tentativas de invasão do navio são ótimas. O embate psicológico entre o Capitão
Richard Phillips (Tom Hawks) e o chefe dos piratas, Muse (Barkhad Abdi), é um
dos trunfos desta excelente produção norte-americana de 2013. O diretor inglês
Paul Grengrass é mestre nesses filmes. É só lembrar de “O Ultimato Bourne”
(2007), “A Supremacia Bourne’” (2004), “Zona Verde” e, principalmente, “United
93”, este sobre um dos aviões sequestrados nos atentados de Setembro/2011. Com
exceção de Tom Hanks e Catherine Keener, que faz a mulher do capitão e aparece
apenas durante alguns segundos no começo, o elenco não tem atores muito conhecidos.
O filme é mesmo de Tom Hanks e de Barbhad
Abdi, este último um achado. O filme é baseado no livro "A Captain's Duty: Somali Pirates, Navy Seals and Dangerous Days at Sea", escrito pelo verdadeiro Capitão Richard Phillips. Antes de assistir, prepare um sacão de pipoca e um
suco de maracujina.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
“Confissões de um
Jovem Apaixonado” (“Confession of a Child of the Century”) é um drama inglês
de época baseado na novela “Confissões de um filho do Século”, escrita por
Alfred de Musset. Conta a história do jovem Octave (Peter Doherty), que, logo no começo do filme, é
traído pela namorada que tanto amava. A partir desse acontecimento, ele se
entrega à vida mundana das festas com os amigos, incluindo orgias com prostitutas.
Mas Octave continua carente de um amor, até que conhece a viúva Briggite
(Charlotte Gainsbourg), pela qual se apaixona perdidamente e de forma até obsessiva.
Demora muito até ela se entregar a essa paixão. Mas, quando se entrega, acaba
agindo com a mesma obsessão dele. Ou seja, um casal emocionalmente
desequilibrado. A linguagem afetada, pomposa, própria da época (1830) em que se
passa a história, pode incomodar quem não está acostumado a assistir a esse
gênero de filme. Para resumir, trata-se de um dramalhão romântico. Não se pode
negar, porém, que as locações e a caracterização do vestuário são muito bem
feitas. O filme foi produzido em 2011 e no ano seguinte foi indicado ao “Um Certain
Regard Award” do Festival de Cannes.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
“O Quinto
Poder” (“The
Fifth Estate”), uma co-produção Bélgica/EUA de 2013, com direção de Bill Condon,
mostra os bastidores das atividades do site WikiLeaks, fundado pelo jornalista
australiano Julian Assange. Como se sabe, o site ficou mundialmente famoso ao
revelar, em 2010, milhares de documentos secretos relacionados com a política
externa dos EUA, incluindo estratégias militares, vídeos e telegramas enviados
a embaixadas, o que foi considerado o maior vazamento de documentos da História. Os fatos mostrados são baseados nos livros “Os
Bastidores do WikiLeaks”, de Daniel Domschenit-Berg, que foi assistente de
Assange, e ”WikiLeaks”, dos jornalistas David Leugh e Luke Harding. Embora grande
parte da crítica não tenha gostado, o filme é bastante esclarecedor sobre os
fatos que envolveram o WikiLeaks e ainda sobre a personalidade de Assange, egocêntrico e manipulador, mas muito
inteligente. O filme também foca a relação de Assange com seu principal
assistente, Daniel, que depois viria a se insurgir contra o chefe. O elenco, muito bom, é
uma ONU: o ator inglês Benedict Cumberbatch (Assange), o alemão Daniel Brühl, a holandesa Clarice Van Houten, a sueca Alicia Vikander
(de “O Amante da Rainha”), e os americanos Stanley Tucci e Laura Linney. Para quem quiser mais detalhes sobre um dos casos mais polêmicos deste século, o filme é obrigatório e muito interessante.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
É bom poder rever alguns
filmes que nos encantaram num passado
recente e que merecem recomendação e uma nova espiada. Um deles é “O Tango de Rachevsky” (“Le Tango des
Rachevsky”), filme belga de 2003, lançado nos cinemas daqui somente em 2007. Todo
o enredo gira em torno dos integrantes da família Rachevsky, nem todos adeptos
da religião judaica. Nina (Tania Garbarski), neta da matriarca Rosa, só aceita namorar
com um judeu. Antoine (Hippolyte Girardot) é apaixonado por ela e quer namorá-la, mas não é judeu. Resolve, então se converter, o que vai provocar as situações
mais engraçadas do filme. Outro personagem marcante é tio Adolfo (Nathan
Cogan), um velhinho simpático que todos adoram. Ele, porém, descarta o judaísmo ortodoxo. Seu irmão, Sammy, é rabino e
mora em Israel, depois de abandonar a esposa (Rosa) e os dois filhos. Com muito
humor, o filme vai mostrar todos esses relacionamentos da família Rachevsky. Inclusive o de um neto da matriarca com uma jovem palestina. E onde entra o tango nessa
história? Quando ocorria alguma desavença na família, colocava-se um tango e
todo mundo dançava. Receita da matriarca Rosa, que adorava a música argentina. É
com um tango, aliás, que Antoine consegue seduzir Nina, e não com sua conversão.
O filme é muito alegre e divertido. E torna-se mais interessante ainda ao
mostrar algumas das mais importantes tradições judaicas. Quem ainda não viu não
pode perder.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

A história de “Philomena”, produção inglesa de 2013 dirigida
por Stephen Frears, é realmente incrível. Ainda mais por ser baseada em fatos
reais. Muito jovem, a irlandesa Philomena Lee (Judi Dench) engravida do
namorado. Enviada a um convento, ela dá à luz a um menino, Anthony, que por
volta dos quatro anos é adotado por um casal de norte-americanos e levado para
os EUA – na época, soube-se depois, 2.200 crianças irlandesas tiveram o mesmo
destino. Ano após ano, inconformada, Philomena voltaria ao convento inúmeras
vezes para tentar descobrir o destino do seu filho, mas nunca teve sucesso. Em
2002, já enfermeira aposentada morando em Londres, ela conhece o jornalista
Martin Sixsmith, que na ocasião estava desempregado. Ela conta sua história e, meio
a contragosto, Martin resolve ajudar Philomena a descobrir o destino do filho,
busca que vai levá-los à Irlanda e aos EUA. As revelações vão acontecendo e
Martin chega à conclusão que tem uma grande história nas mãos, o que se
confirmaria com um livro e, agora, com um grande filme. O comediante Steve
Coogan, que também escreveu o roteiro e co-produziu, interpreta o jornalista.
Mas o show mesmo é de Judi Dench. Não se pode perder um filme como “Philomena”.